sábado, 31 de maio de 2008

P.S.: Eu te amo .



Comédias românticas são geralmente estereotipadas, classificadas como filmes para o público feminino, que assiste ao longa e acaba se esvaindo em lágrimas. Não chegaria ao ponto de dizer que P.S. Eu Te Amo, de Richard LaGrevenese (Paris, Te Amo), é uma produção para “elas”, mas ela rende boas lágrimas.

Quando uma pessoa amada morre, quem fica deseja poder ter tido mais alguns instantes com ela, fazer com que suas características permaneçam em nossa vida por mais algum tempo. Holy (Hilary Swank), protagonista de P.S. Eu Te Amo, tem essa “colher de chá”. Seu marido Gerry (Gerard Butler) morre devido a um tumor no cérebro e, durante todo período de sua doença, escreve cartas que serão enviadas à mulher após a sua morte. O longa centra-se na dificuldade de Holy em lidar com a morte do marido e os sentimentos que as cartas despertam nela.
Ir se divertir em uma boate, cantar num videokê, comprar um abajur ou fazer uma viagem: as cartas de Gerry dão os conselhos mais esdrúxulos à viúva, mas são eles que ajudam Holy a não enlouquecer e a voltar a tocar sua vida normalmente. Além das cartas, Holy tem uma turma de amigos que consegue levantar seu astral e garante uma boa dose de humor ao longa. As atrizes Lisa Kudrow, conhecida como Phoebe do seriado Friends, e Gina Gershon (Um Cara Quase Perfeito), formam uma dupla engraçada e revelam peculiaridades do universo feminino, como idéias sobre o casamento e o desejo de ser mãe.


Baseado no livro homônimo da escritora irlandesa Cecelia Ahern, os roteiristas Richard LaGrevenese e Steven Rogers conseguem criar uma ótima trama. Coesa e atraente, peca apenas quando abusa de alguns elementos inverossímeis, clichês da comédia romântica, como o desfecho da trama. No entanto, P.S. Eu Te Amo destaca-se no gênero pela qualidade e entrosamento dos atores. O romantismo continua o foco central do longa e, como gosto desse tipo de produção, é uma ótima opção para esses dias frios.