domingo, 21 de dezembro de 2008

Mãos dadas








[...] tuas mãos, contudo,
Sinto nas minhas mãos,
Nosso olhar fixo e mudo
Sei o que vc pensa
Sinto o que vc sente
Quantos momentos ficaram na memória
Pra além de nós
Nosso, teu ou meu...
Quantas vezes sentimos
Choramos
Sorrimos
Quantas noites vc m amparou, pelo medo que tenho do vento
Alma nosso contacto
Quantas vezes seguimos
Pelo caminho abstrato
Que vai entre alma e alma...
Horas de calma!
Mãe t amo

domingo, 7 de dezembro de 2008

Uns versos quaisquer

Vive um momento com saudade dele
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .
Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .
Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .

Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale Seus gestos . . .
Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . . Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . .

Fernando Pessoa

domingo, 30 de novembro de 2008


Quando te vi pra mim sorrindo,

Percebi que eras um anjo.
E as suas palavras Pareciam de outro mundo;

Um mundo bem diferente do meu.
Sempre sonhei com esse mundo

E andei vagando distraída,

Num mundo bem oposto ao seu.
Estou cansada,

estou ferida

E temerosa quanto a vida,

Pois se voares ... dói meu peito

Trouxe o perfume de flores celestiais
E o brilho aveludado da luz
De mil castiçais

Me fez pensar como são pequenos meus problemas

Como dou importância para coisas idiotas

sábado, 22 de novembro de 2008


"A roupa limpa , a casa em ordem e um sorriso falso pra encarar ... "

domingo, 9 de novembro de 2008


Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar...

Quero ver ele feliz denovo ... meu neguinho ,amigo , de toda inocência .

domingo, 2 de novembro de 2008

O mais é nada

“Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar, o lugar deles é lá.
Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra.
Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o seu calor é para todos.
Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.
Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, não pode molhar só o seu.
As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso! Esse você deve segurar, não deixe-o ir embora, agarre-o!
Quem você ama? Guarde dentro de um porta jóias, tranque, perca a chave!Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa.

Não importa se a estação do ano muda, se o século vira e se o milênio é outro, se a idade aumenta;
conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela.
Abra todas as janelas que encontrar e as portas também.
Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho.
Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.
Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for.
Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.
Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam.
Olhe para o lado, alguém precisa de você.Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!Se achá-lo, segure-o!

“Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada”.

(Fernando Pessoa)

domingo, 26 de outubro de 2008

é isso ...

Quem foge é que é valente
Ficamos nós os covardes
Sem gritos ou alardes
Misturando o que se sente
Com o que se aceita diariamente
Pra não ter que ser diferente
E não ter que deixar de existir
É melhor optar por sorrir
Respirar e não discutir
Com o que se tem que engolir
Se quiser ver alguém na frente
Carregue essa dor pungente
Que traz a vontade ardente
De simplesmente sumir
Se enxerga um eterno poente
Sugiro que apenas tente
Com paciência seguir
Misturando o que se sente
Com o que se tem que engolir
Sinta o que mandam sentir
Ou tente definir
Quem você quer ver contente
Pra quem é que você mente
Se prefere sentir ou assistir
E espere humildemente
Misturando o que se sente
Com o que se tem que engolir
Ou lute bravamente
Respeitando o que se sente
E assista ao mundo explodir

sábado, 18 de outubro de 2008

O que não conseguem ver

Deixa-me. Quero gritar
libertar os meus ecos
dessa injustiça que não sentes
quero. Mesmo que não saibas.

O mundo não parou
na lágrima que derramei
só a minha emoção se despiu
despindo toda a injustiça.

Sabes ver o meu sorriso?
Afinal, a injustiça, ficou aprisionada.

Semana difícil ... mas vai passar ... espero .

sábado, 4 de outubro de 2008

O Pouco que sobrou

Eu cansei de ser assim
Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar Aqui neste lugar
Eu acho que acabou
Mas vou cantar
Pra não cair
Fingindo ser alguém
Que vive assim de bem

Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
O pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
E a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a fé
Me abandonou

domingo, 21 de setembro de 2008

O título

Voltou os olhos turvos para além do que seria o horizonte
Princesa presa
Confinada em suas próprias paredes desbotadas
Talvez também em seus próprios pensamentos
Tristes
Saudosos
Magoados
Desencantados
Como foi que perdeu
Seus sonhos?
Em que momento
Enclausurou-se na torre mais alta
Do reino?
Os olhos são mortos...

Não é mais bela a princesa
O coração secou como uma flor velha
E ali, à pequena janela
Sente a vida extinguir-se vertiginosamente
De suas veias.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ODEIO ESTE TEXTO

"(...)Eu odeio que encostem o cotovelo, a bunda ou uma cerveja molhada em mim enquanto eu tento encontrar um espaço para dançar. Eu odeio que encostem em mim, odeio a pele de um desconhecido indesejado.
(...)Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo "concordo com o mundo que ela é muito gostosa". E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo "hmmmmm delícia" já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.
(...)Odeio mau hálito e mais ainda o fato de que justamente as pessoas podres são aquelas que falam mais baixo e nos obrigam a ter que chegar perto. Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.
(...)Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas, muito suadas e acima de tudo meninas que cheiram a lavandas e fragrâncias doces ,me deixam enjoada .
(...)Odeio quem comemora porque passou numa faculdade que meu primo de 8 anos passaria e quem diz "peguei a mina".
(...)Odeio os Estados Unidos mas odeio muito mais o fato de a gente ter sangue europeu mas ficar imitando esses estúpidos, que também têm sangue europeu mas são estúpidos por herança criada. Odeio a frase "eu vou no super, comprar umas cervas para o churras".
(...)Odeio quem passa o dia no shopping com a família, churrascaria com aquele desfile de bichinhos mortos, principalmente porque você está lá tranqüilamente comendo e vem alguém com um espeto (que é grosseiramente imposto ao seu lado), te espirra sangue, fala um nome idiota e você nunca sabe exatamente de que parte se trata.
(...)Odeio quem casa virgem, odeio quem chega em casa depois de uns malhos no carro e enfia o dedo no meio das pernas porque tava louca para dar mas "ele ia me achar muito fácil". Mas eu também odeio mulher que sai dando pra meio mundo e perde o mistério. Sei lá, essa coisa toda de dar vai ser sempre uma dúvida.
(...)Odeio meninas caçadoras de homens ricos mas odeio sair com um cara que está tentando começar um relacionamento e ter que rachar a conta, seria mais simpático me deixar pagar a conta toda. Rachar é péssimo.
(...)Dividir banheiro, pêlo alheio em sabonete, acordar cedo e meninas adolescentes peruas com voz de pato.
(...)Quando eu era criança sonhava todas as noites que arrancava os olhos de todo mundo e só eu podia enxergar o quanto era feio eu ser como sou."

domingo, 14 de setembro de 2008

ANGÚSTIA

do Lat. angustia
s. f.,
estreiteza;
aperto;
limitação de espaço;
opressão;
aflição;
desgosto;
tribulação;
agonia.



Será que essa falta de ar que venho sentindo nas últimas 30 horas é angústia?
Do mesmo jeito que falta, sobra o ar, sufoca, invade, domina, determina, pede, leve, peso, dia, noite, falta, excesso... Tudo ao mesmo tempo... O mais difícil é a sensação de perder algo que já não era mais seu, de abrir mão do que não lhe pertence, de sentir falta do que nunca existiu de verdade, apenas a ilusão cretina de segurança que a minha necessidade infantil de proteção criou. Como sempre afirmei, não é possível sentir falta de algo que nunca teve!
Mas acho que na verdade isso tudo é medo, medo do novo, medo do bom, medo de crescer, de se tornar realmente responsável por si, medo de fazer a escolha, medo do erro, da revolta, do arrependimento, medo de perder as migalhas que lhe são jogadas quando ao fim do banquete.

Porque decidir é tão difícil? Porque preferimos a tragédia à opção?
Não sou mais aquela menina que acredita no acaso, cresci, tenho que acreditar na conseqüência, afinal toda ação uma reação, cada escolha uma renúncia... Mas renunciar a que?
Tenho necessidade que segure os meus pés quando tenho frio, mas você nem liga pra isso, acho que nunca percebeu o quanto era importante... Nunca percebeu quem eu sou... Se quiser saber, sou forte, sou frágil, sou mutável, sou solidão, sou desespero, sou carência, sou fiel, sou feliz, sou amor, sou ódio, sou ANGÚSTIA, ou melhor, estou angústia... Mas a culpa não é sua, a culpa é única e exclusiva da minha falta de coragem para ser feliz, a falta de coragem que tenho de me torna alguém... A culpa é do meu comodismo, do meu excesso de exigência, de querer que se torne o meu reflexo, mas como posso querer isso, se muitas vezes não gosto do que vejo quando olho no espelho !!

domingo, 7 de setembro de 2008

'' If Only ''



Ontem tive uma grande e grata surpresa. Deram-me um filme dizendo: “Veja, vai gostar”. Olhei que filme era e o nome não me dizia nada, nunca tinha ouvido falar. Ficou duas semanas entre vários dvds para assistir .Pois bem, assisti e estou balançada até agora.



Sentei-me então diante desta tela em branco e fiquei pensando em como recomendar o filme, tarefa que se revelou um tanto mais complicada do que parecia. Falar sobre filmes que são considerados obras de arte, que têm elementos inusitados, atores pouco óbvios, motes surpreendentes é relativamente fácil, acredite. O difícil é falar sobre algo que precisa fugir da pecha de piegas, a linha que separa a pieguice do drama é realmente muito tênue.



É engraçado falar sobre Antes que Termine o Dia porque geralmente não assisto a filmes feitos para chorar, não tenho paciência. Ainda mais um que eu saiba previamente que é feito pra chorar, como foi o caso. No entanto, este, sem que entenda muito bem o porquê, me prendeu. Nem que quisesse eu poderia desligá-lo depois que comecei.



Outro motivo que torna inusitado falar sobre este filme é o fato de a Jennifer Love-Hewitt ser protagonista dele. Ah, já sei, você deve estar se perguntando: “Como assim? Resenha de filme da Jennifer Love-Hewitt? Alô-ou! Ta louca?”. E certo, eu também pensaria assim. Mas antes de fechar a tela, acredite: vale a pena.



Em contraposição a tudo o que pudesse servir de motivo para não ver e ainda mais não falar sobre este filme, há um rol de razões para fazê-lo. Por exemplo, não se trata de um artigo comercial, apesar de hollywoodiano e conta com uma trilha sonora lindíssima. Além disso, discute um assunto absolutamente delicado de forma bastante sutil, esbanjando sensibilidade, levando à reflexão e até mesmo à introspecção.


O filme começa enfocando um casalzinho jovem e bonito acordando junto num belo apartamento e cuidando da vida. Ele um executivo bem sucedido, ela uma musicista muito talentosa. Nada errado a um olhar superficial. Mas, se perscrutarmos um pouco mais, detectamos logo os erros. Muitos.



Então é inevitável nos perguntarmos: quantas mudanças não faríamos em nossas vidas se tivéssemos a visão clara de tudo o que está errado? Muitas, eu garanto. Quantas vezes nos portamos de maneira absurda e até mesmo abjeta, sem sequer nos darmos conta? E quantas coisas importantes perdemos por negligência, por não enxergarmos o óbvio?



E por que é que não temos essa visão? Será alguma deficiência, limitação inerente ao ser humano? Duvido muito. Todos nós temos plena capacidade de perceber todos os elementos presentes em nosso dia a dia, apenas vivemos imersos demais em nossos próprios umbigos e em nossos problemas para refletirmos o quanto agimos equivocadamente a torto e a direito.



O que você faria se olhasse a morte de frente? Entraria em pânico? Provavelmente. E mesmo que ela estivesse ali para alertá-lo sobre a sua conduta, ficaria tão paralisado que sequer poderia fazer algo a respeito. Certo? E se ao invés da sua própria morte, vislumbrasse a morte daquele que mais ama? Se visse diante de si a perspectiva de não poder ver de novo aquele que está sempre ali à sua volta, e que muitas vezes é negligenciado sem que você sequer se dê conta disso? Se entendesse que amanhã aquela pessoa não estaria ali para ouvir nada do que tivesse a dizer, ainda que merecesse um pedido de desculpas ou uma declaração de amor? Alguns ainda assim ficariam paralisados. Outros tentariam aproveitar o pouco tempo que resta. Quem sabe até pudessem mudar algo do que fosse acontecer? Quem sabe pudessem fazer valer a pena um dia juntos, mais até que uma vida inteira?



É este o enfoque da história, por isso o título original “If Only”. E se? Só se...



O filme lida de maneira admirável com sentimentos controvertidos como arrependimento, culpa, impotência. E saudade, amor, cuidado. Quanto é suficiente? Como é que sabemos quando se está deixando a desejar num relacionamento? Se ao menos nos déssemos ao trabalho de olhar em volta e perceber a infelicidade do outro, poderíamos facilmente identificar quando agimos errado. E mais, poderíamos evitar o sofrimento daquele a quem amamos e até mesmo corrigir os nossos passos.



Mas e então, tudo andou errado. Ainda há o que consertar? Há. Requer mais coragem contorcer-se de culpa ou se esforçar para mudar? Lamentar o erro ou aprender com ele? Existe uma segunda chance? Sempre há tempo para mudar o rumo da estrada?



Todas estas questões estão em Antes que Termine o Dia. Um filme basicamente sobre sensibilidade. Sobre a bênção que é ser tocado por coisas sutis. Feliz daquele que se emociona sem restrições, que consegue ver beleza nos lugares mais insuspeitos, que agradece as pequenas coisas. Não estou falando de se debulhar em lágrimas enquanto ouve baladas, mas de saber fechar os olhos e apreciar o calor do sol, o barulho da chuva, o riso de alguém que se ama. Feliz daquele que olha o mundo e enxerga cores, luz, dádivas, oportunidades. Porque sentir é um dom e aquele que não sente vive em vão e, portanto, já está morto.

sábado, 30 de agosto de 2008

Por que ?

1 - percepções de “estar em ordem” ou just-right;
2 - sensação de incompletude;
3 - necessidade de “ter que”;
4 - sensação de energia interna.

= A inibidor seletivo de recaptação da serotonina = Cloridrato de Sertralina .

domingo, 17 de agosto de 2008

Tudo bem

"Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver

Hoje eu não consigo mais lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de imcompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão ..."


(Lulu Santos / Nelson Motta)

domingo, 10 de agosto de 2008

Você

"Cada palavra que falei
lembra uma história
que eu nem mesmo sei
mas como o vento
vem tão de pressa
A verdade
é bem mais forte ...

Vou deixar
que o destino mostre a
direção ... "

domingo, 3 de agosto de 2008

_________________________

Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.

domingo, 27 de julho de 2008

Voar para bem longe ...

Depois de quase um ano na indecisão , tomei coragem e fiz minha primeira tatto .
A dor foi suportável e bem menor que eu esperava, mas a falta de coragem nunca foi por causa da dor e sim pelo que vem depois .Será que vou me arrepender depois ? E o desenho tem algum significado ? E quando envelhecer vou ter o mesmo conceito que hoje ?
Essas eram apenas algumas das perguntas que eu me fazia .Mas então deixei para lá o amanhã e o que os outros vão dizer , e enfim pensei no hoje , no que queria para mim aquele momento .
As borboletas tem sim um significado para mim , elas prenunciam acontecimentos alegres ,representam minha fragilidade , a minha busca pela transformação , mudança e crescimento interior .
Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, acreditava-se que a alma deixava o corpo em forma de borboleta. A palavra psique, em grego, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta.
Ao escolher o desenho considerei o que ela simboliza ou o que ela está dizendo sobre mim e não me importa o que dizem sobre modismo .

Devido à sua beleza temporária e a dramática transformação de lagarta para borboleta, a imagem da borboleta tomam muitos significados diferentes. Para a maioria das pessoas representam a mudança e crescimento. O mistério de mudanças na forma de uma lagarta para uma borboleta, durante o tempo em que esta no casulo provocou histórias e mitos que são tão variadas e interessantes como os padrões que elas vem exibir. Bem como representa metamorfose, borboleta como desígnio de tatuagem pode representar liberdade, a existência de vida, vida após a morte, e de amor divino. A diversidade do simbolismo da borboleta na tatuagem é infinita.

Aqui estão apenas alguns exemplos das centenas de mitos, folclore e significados simbólicos em torno da borboleta e como símbolo na tatuagem.

Culturas diversas olharam na Borboleta como um símbolo de transformação e regeneração em outros povos as almas eram levadas pela Borboleta da terra para céu, ou em alguns casos era acreditado que era as almas que estavam voltando a terra.

Deusas borboleta emergiram em lugares como como Minoan Crete e Toltec no México acreditavam que algumas destas deidades eram a personificação de certas borboletas, e foi considerado como símbolos de beleza, amor, flores, e os espíritos do morto também eram vistas como os protetoras das mulheres que morreram em parto e guerreiros que morreram em batalha uma das deidades da Borboleta no México antigo era a deusa guerra.

No Japão, a Borboleta, pronta para voar significa estar livre de seu feitiço depois de um longo no casulo ja com esparramando sua marca asas novas, é um símbolo popular para meninas jovens representa emergindo da beleza, com a intenção a considerar mudança jovial, não traumática muito comum nessa fase da vida.

Os indígenas americanos as tem como um emblema de orientação em mudança.

Na China, é ainda um símbolo popular de felicidades matrimoniais e harmonia conjugal.

Na Alemanha, o avistar de uma borboleta pode ser considerada como um prenuncio de nascimento.

As borboletas na cultura Maya descrevem como espíritos dos mortos se disfarçar quando retornam à Terra.

Dizem que está vindo chuva no oeste da Pensilvânia quando a “Chrysalis” (espécime de borboleta) paira sobre as partes inferiores dos ramos.


Borboletas também podem representar abundância. Os índios Navaho e Apaches e até tribos da pré-históricas no México associavam a imagem das borboletas a colheita de verão. Os Hopi “Clan Borboleta” possuíam uma dança cerimonial chamada "Bulitikibi”, ou Dança da Borboleta, como um apelo para que os deuses lhes dessem uma boa colheita.

Borboletas foram também conhecidas como o símbolo das bruxas, devido à sua inerente capacidade transformadora e da magia. Os Sérvios vêem a borboleta como a alma de uma bruxa porque muitos anjos medievais possuíam asas de borboleta, em vez de penas.
Artistas por vezes incluem borboletas para adicionar um toque feminino ao trabalho artístico.

Borboletas são a metáfora clássica de transformação e derradeira liberdade, bem como a impermanência e fragilidade.

Porem a Borboleta para seus admiradores significa o mistério de natureza e a riqueza de imaginação humana.

domingo, 6 de julho de 2008

Ando só
Pois só eu sei
Pra onde ir
Por onde andei
Ando só nem sei por que
Não me pergunte o que eu não sei
Pergunte ao pó
Desça ao porão
Siga aquele carro ou as pegadas que eu deixei
Pergunte ao pó por onde andei
Há um mapa dos meus passos nos pedaços que eu deixei
Desate o nó
Que te prendeu
A uma pessoa que nunca te mereceu
Desate o nó que nos uniu
Num desatino, um desafio
Ando só
Como um pássaro voando
Ando só
Como se voasse em bando
Ando só
Pois só eu sei andar
Sem saber até quando
Andó só
Ando só... até ...sem saber até quando
Ando só


Ando Só
(Engenheiros do hawai)

domingo, 29 de junho de 2008

Como é difícil escrever o que sinto , pois é uma confusão de sentimentos ,não sei ao certo em quem confiar a não ser em meus pais ,irmãos e no Fabrício ,neles vejo a verdade e a preocupação real comigo sem pedir ou esperar algo em troca .
Percebo que todas as pessoas lá fora tem algum tipo de interesse quando se aproximam das outras ,seja ele encoberto ou escancarado ,e é deste interesse encoberto do qual tenho tanta apreenção pois não sei de onde vem .
Como pode não haver sinceridade ,honestidade e humanidade com o outro , entendo por isso que todos queiram salvar a si próprios , em seu benefício é o que mais importa .
Amigos ; eles se descrevem assim , mas não existem de verdade , fazem-se passar por boas mas depois vejo que não .Tudo que é dito na minha frente não é igual nas minhas costas , falo dos falsos amigos dos que pensava que fossem queridos ,do cinismo pelo qual estou rodeado e do qual não aguento mais .
Mas queria dizer que não sou assim ,quando gosto ,gosto de verdade ,me apego fácil as pessoas e sempre me decepciono porque espero o mesmo delas .Eu me importo com os outros apesar de não ser uma pessoa que demonstra grandes gestos de afeto em público ,me preocupo e é com o coração ; ao deitar em minha cama quentinha penso nas pessoas que estão lá fora passando frio e quando tomo meu leite quente com chocolate penso o mesmo , rezo e peço que um dia seja diferente que não aja tanta injustiça .
Não tenho muito que ajudar e nem por isso vou me fazer de coitadinha , sempre que posso ,pelo menos tento , divido o que tenho e sou o que sou em qualquer lugar sem hipocrisia e falsidades.

domingo, 22 de junho de 2008

Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.


Fonte: Carlos Drummond de Andrade

domingo, 15 de junho de 2008

Sou Eu

Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.

Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.

Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.

Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.

Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.

Sou eu mesmo, que remédio! ...

Álvaro de Campos

domingo, 8 de junho de 2008

Show do Maná em Porto Alegre e eu Não vou


Há meses, o fim da turnê "Amar es combatir", da banda mexicana Maná, estava definido - 8 de maio, em Monterrey, no México. Estava de bom tamanho, pois seria o 112.º show da excursão, depois de mais de um ano na estrada. Mas, segundo conta o vocalista e guitarrista Fher Olvera, alguns muitos e-mails de fãs brasileiros fizeram o grupo adiar as férias - eles fazem shows no Brasil em junho, em São Paulo (4 e 5), Rio (6, no Citibank Hall) e Porto Alegre (dia 8). - Começamos a receber centenas de e-mails vindo do Brasil, pedindo que a banda passasse por aí. Estávamos cansados, mas não podíamos ignorar isso, tocar no Brasil é ótimo. Combinamos: "Ok, mas será o último país" - lembra o vocalista da banda, que depois aceitou mais uma data, dia 12 de junho, na República Dominicana.

O apelo junto aos fãs brasileiros não é novidade, como atestam seus shows anteriores no país (2001, 2002 e 2006) para casas lotadas e os mais de 500 mil CDs vendidos aqui - no mundo inteiro, são 22 milhões. Ajudou muito na boa relação com o Brasil o sucesso da gravação com Santana de "Corazón espinado" e da balada "Vivir sin aire" (tema das personagens namoradas de "Mulheres apaixonadas", vividas por Aline Moraes e Paula Picareli). Mas Olvera acredita que a conexão da platéia brasileira com o Maná - a formação tem ainda Sergio Vallín (guitarra), Juan Calleros (baixo) e Alex González (bateria) - tem outras explicações.

- Os brasileiros conseguem captar a alma de nosso trabalho. Não importa se entendem só metade da letra ou pouco mais que isso - diz o vocalista, lembrando que o Maná tem uma canção em homenagem ao seringueiro e ambientalista Chico Mendes. - O que Chico fez é importante para todo o mundo. Ele é um símbolo das pessoas que se arriscam pelo que acreditam. Você vê isso também em Che Guevara. Chico Mendes é o Guevara da floresta.

Nas canções, o discurso politizado da banda se mistura com romantismo, regados a guitarras e violões, numa mescla latina de pop e rock. Não à toa, a frase "Amar es combatir" (amar é combater), do poeta mexicano Octavio Paz, batiza a turnê que passa pelo Brasil. Amor e combate, os dois assuntos favoritos do Maná.

- "Amar es combatir" refere-se ao bom combate, onde não há inimigos e sim combatentes. Há respeito por quem está do outro lado. Ouvi uma vez Bono (o vocalista do U2, grupo com o qual o Maná é freqüentemente comparado) falar de sua difícil relação com o pai, marcada por muita luta, mas também por muito amor. É disso que falamos - reflete Olvera.

A turnê "Amar es combatir" - por seu gigantismo, um marco na carreira do Maná - se transformou no CD/DVD ao vivo "Arde el cielo" (Warner), que acaba de chegar às lojas e inclui duas faixas-bônus, inéditas. O registro, a banda garante, é fidelíssimo ao que foi ouvido no palco, sem correções. Os erros, diz o vocalista, estão lá, "mas fazem parte da emoção". Se há falhas, elas passam despercebidas em meio à estrutura - som, luz, efeitos - de 69 toneladas.

- Estamos tentando dar o próximo passo, trabalhando com pessoas que fazem espetáculos de artistas como Madonna e Rick Martin. Nosso show está mais teatral - diz o músico, aproveitando para reforçar a fidelidade a seus princípios. - Mas não iremos gravar em inglês pensando no mercado americano, continuaremos cantando em espanhol. E não seguiremos modismos. Não é porque o reggaeton está na moda, por exemplo, que iremos tocar reggaeton. A moda não presta.

Musicalmente, o grupo mantém a coerência ao longo de sua carreira de mais de 20 anos ("Queremos continuar, talvez chegar a ser como os Rolling Stones, porque quando você está se divertindo o futuro é só um desdobramento do presente", diz Olvera). Uma trajetória marcada por poucos discos de estúdio, com longos intervalos entre eles - está programado para 2009 o sucessor de "Amar es combatir", que saiu em 2006.

Quem sabe um dia vou !

sábado, 31 de maio de 2008

P.S.: Eu te amo .



Comédias românticas são geralmente estereotipadas, classificadas como filmes para o público feminino, que assiste ao longa e acaba se esvaindo em lágrimas. Não chegaria ao ponto de dizer que P.S. Eu Te Amo, de Richard LaGrevenese (Paris, Te Amo), é uma produção para “elas”, mas ela rende boas lágrimas.

Quando uma pessoa amada morre, quem fica deseja poder ter tido mais alguns instantes com ela, fazer com que suas características permaneçam em nossa vida por mais algum tempo. Holy (Hilary Swank), protagonista de P.S. Eu Te Amo, tem essa “colher de chá”. Seu marido Gerry (Gerard Butler) morre devido a um tumor no cérebro e, durante todo período de sua doença, escreve cartas que serão enviadas à mulher após a sua morte. O longa centra-se na dificuldade de Holy em lidar com a morte do marido e os sentimentos que as cartas despertam nela.
Ir se divertir em uma boate, cantar num videokê, comprar um abajur ou fazer uma viagem: as cartas de Gerry dão os conselhos mais esdrúxulos à viúva, mas são eles que ajudam Holy a não enlouquecer e a voltar a tocar sua vida normalmente. Além das cartas, Holy tem uma turma de amigos que consegue levantar seu astral e garante uma boa dose de humor ao longa. As atrizes Lisa Kudrow, conhecida como Phoebe do seriado Friends, e Gina Gershon (Um Cara Quase Perfeito), formam uma dupla engraçada e revelam peculiaridades do universo feminino, como idéias sobre o casamento e o desejo de ser mãe.


Baseado no livro homônimo da escritora irlandesa Cecelia Ahern, os roteiristas Richard LaGrevenese e Steven Rogers conseguem criar uma ótima trama. Coesa e atraente, peca apenas quando abusa de alguns elementos inverossímeis, clichês da comédia romântica, como o desfecho da trama. No entanto, P.S. Eu Te Amo destaca-se no gênero pela qualidade e entrosamento dos atores. O romantismo continua o foco central do longa e, como gosto desse tipo de produção, é uma ótima opção para esses dias frios.

domingo, 25 de maio de 2008

História do cachecol



O cachecol é o pai da gravata.
A gravata surgiu em Roma, no século I a.C. Nos dias mais quentes, os soldados romanos, para se refrescar, usavam a "focale", uma espécie de cachecol úmido amarrado ao pescoço. Apesar de prática, a gravata romana não virou moda.

Em 1668, um regimento de mercenários croatas a serviço da Áustria aparece na França usando cachecóis de linho e de musselina.
Os franceses, com sua característica preocupação com o vestuário, adoraram o cachecol iugoslavo e logo começaram a aparecer em público - homens e mulheres - usando gravatas. Eram modelos de linho ou de renda, com nós no centro e longas pontas soltas.
Os franceses passaram a chamar seus lenços de pescoço de "cravate" (gravata, em inglês), porque em francês essa palavra significa também croata.
A gravata moderna só veio cair no gosto popular no final do séc XIX, e era destinada ao público masculino. Ainda nessa época, as mulheres também começaram a usar gravatas com blusas e saias, embora se tratasse de uma tendência e não de uma moda duradoura. As gravatas retornaram com parte da moda unissex da década de 60.

Segundo a Enciclopédia da Moda, de Georgina O'hara, cachecol significa: tira longa de tecido, geralmente tricotada em lã à mão ou à máquina. É enrolada em volta do pescoço quando faz frio. Também é conhecido como "cachenê", do francês "cache-nez".


Considerações à parte, o fato é que o cachecol sempre foi recebido de braços abertos no inverno. Vale a pena investir! O acessório novo faz uma ótima parceria até com as roupas mais velhas. O resultado é um visual moderno e divertido para diversas ocasiões.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

É pra rir ?!

Li uma notícia no jornal O Globo que chama a atenção tanto pela comicidade involuntária quanto pela pateticidade de nossos parlamentares. Eis a manchete: Troca de palito por fio dental em restaurantes é rejeitada. O texto comenta um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual João Pedro, que propunha que os restaurantes cariocas trocassem a oferta de palitos por fio dental. Esta importantíssima proposição por pouco não foi aprovada por aclamação; o pedetista Paulo Ramos puxou o freio de mão ao afirmar, num arroubo de bom senso, que a Assembléia seria ridicularizada caso o projeto fosse aprovado.

Tão bizarra quanto a lei foi a justificativa dada pela deputada Beatriz Santos para votar contra a proposta: "Não tenho certeza se é fio dental pra ir à praia ou fio dental para os dentes. Por isso, voto não".

Rídiculo já se tornou a manchete e a falta de ter o que se fazer lá ...


* * * * *

domingo, 18 de maio de 2008

________________________

Shed a tear
I'm still alright to smile

I been walkin' the streets at night
Just tryin' to get it right
Hard to see with so many around
You know I don't like
Being stuck in the crowd

I ain't got time for the games

domingo, 11 de maio de 2008

Identidade

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
Fernando Pessoa

domingo, 4 de maio de 2008

Coisas idiotas de um mundo idiota.

Chuva ,vento e frio.
Ah! Essas tardes de outono me matam.
Elas trazem lembranças e pensamentos sem respostas.
Trazem também a solidão ,mas não a solidão de estar só em casa e sim a do mundo .
Como viver assim rodeada de pessoas e se sentir só ?
Não sei exatamente o por que deste sentimento mas as pessoas me fazem acreditar no mundo assim ,cada um por si .
Sinto-me como se estivesse perdida ,querendo achar o caminho de volta para casa ,um lugar seguro e aconchegante.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

?!?!!??????

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

domingo, 27 de abril de 2008

O girassol

"O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...

Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo

Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender

O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
(Fernando Pessoa)

domingo, 20 de abril de 2008

Viver é Difícil

O egoísmo é a fonte de todos os vícios,
como a caridade o é de todas as virtudes.

Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, se quiser assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro.

sábado, 12 de abril de 2008

Plantar Cultivar e Cuidar




Normalmente somente damos valor as coisas
Depois que as perdemos
Tanto as materiais, quanto as espirituais
Damos valor a presença quando esta se torna ausência

Não damos valor a nossa perfeição
Como o olhar que nos proporciona a visão
Como a audição que nos traz uma linda canção
Como o paladar nos prazeres saborear

Assim como cada função
Tem a importância que lhe é peculiar
Que falta nos faz uma perda funcional,
Uma debilidade ou uma mutilação

E as perdas emocionais, sentimentais
ou as espirituais, quantos vazios nos traz
A perda da paz interior
A perda de um amor, que causa tanta dor

Tantos bens nas mãos
Tantos deles se vão
Por que se vão?
Porque os semeamos,

Mas depois deles não cuidamos
Conquistamos, lutamos
mas os abandonamos…
definham e os perdemos

Semear, plantar apenas,
não garante a perfeita colheita
É necessário, cultivar e cuidar
Desde a hora do semear até a hora de colher

Para colher amor, você precisa amar
Para colher uma flor, você precisa cuidar
Para colher caricias você precisa acariciar
Para cultivar um coração você precisa cultivar amor

você precisa a tudo se dar, cuidar, amar
Para o viço manter
Para a paixão aquecer
Para a vida florescer…e frutificar

Joe’A

domingo, 6 de abril de 2008

Futuro

"Todo guerreiro já ficou com medo de entrar em combate.
...
Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era dele.
Todo guerreiro já sofreu por bobagens.
...
Todo guerreiro já achou que não era guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações.
Todo guerreiro já disse "SIM" quando queria dizer "NÃO".
Todo guerreiro já feriu alguém que amava.
Por isso é um guerreiro; porque passou por estes desafios, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era."
Paulo Coelho

domingo, 23 de março de 2008

Vento no litoral

De tarde quero descansar, chegar ate a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem



Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?

- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Legião Urbana - Vento No Litoral
legiao urbana


Como é que se Diz Eu Te Amo
Lançamento
2001
Discos: Duplo (Recomendável, muito bom)

domingo, 2 de março de 2008

O que seria :"Tomar facada no coração" ?!

É pena que a gente não possa nem dialogar,
Os nervos já tomaram conta,
Estão a flor da pele,
Se eu quero você me repele,
Se você procura não tenho paciência,
E nem por aparência podemos fingir
o que explode no peito.

A coisa mais forte entre nós no momento é a dor,
O amor já não é o bastante pra achar uma saída,
Deixamos escapar a chance feito areia fina,
Pelo vão dos dedos e não tem segredo,
A solução pra nós agora é a despedida.

De agora em diante é cada um pra sí
Um pra cada lado tudo dividido,
Coração Quebrado, é melhor assim,
Se juntos nada tem valor,

Depois que rasga o pano o remendo é pior
Melhor é jogar fora é o fim de nós dois
Já chegou a hora de compreender,
O que nos faz sofrer, não pode ser amor.
(D.Rossi/D.Lima)

sábado, 1 de março de 2008

Palavras

Doem-me os silêncios às vezes mais do que as palavras, doem-me às vezes mais as palavras do que os silêncios ou as palavras que os seguem.
E às vezes o que fica por dizer dura um silêncio que prende a alma e remói cá dentro, acontece... e esse silêncio dói tanto ou mais do que as palavras que o seguem que serão sempre tão azedas e duras.
Não sei porquê mas hoje dói-me este silêncio que quase sufoca, doem-me as palavras que sei que direi assim que este silêncio se quebrar, apenas porque dói r remói enfim, dói, doem os dois... palavras e silêncios, pedaços de nós que nos doem às vezes.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

O que sinto: -Tédio





TÉDIO (alvaro, bruno, miguel, sheik)


Sabe esses dias em que horas dizem nada
E você nem troca o pijama, preferia estar na cama
O dia, a monotonia tomou conta de mim
É o tédio, cortando os meus programas, esperando o meu fim

Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio

Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem , pois pra mim , tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz

Tédio, não tenho um programa
Tédio, esse é o meu drama
O que corrói é o tédio
Um dia, eu fico sério
Me atiro deste prédio.



©1985 Universal Publishing Ltda.Todos os Direitos Reservados

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A menina que roubava livros



O que dizer de um livro onde, logo em suas primeiras páginas a narradora diz: "Eis um pequeno fato: você vai morrer". Não, não se assuste com a afirmação pois, apesar de realmente ser proferida pela própria Morte, você tem nas mãos uma história criada para virar um clássico. "É a história de um desses sobreviventes perpétuos, uma especialista em ser deixada para trás". A sobrevivente chama-se Liesel Meminger, uma menina que, abandonada pela mãe, para não morrer igual a ela, nas mãos dos nazistas, acaba entregue a um casal alemão numa cidadezinha perto de Munique, em 1939. Entre este ano e 1943, por três vezes Liesel encontrou a morte e por três vezes a venceu. A narradora, derrotada, explica: "É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outras coisas, uma menina, algumas palavras, um acordeonista, uns alemães fanáticos, um lutador judeu e uma porção de roubos... mas quando a morte conta uma história você deve parar para ouvir". O autor dessa pequena obra prima tem apenas 31 anos, chama-se Markus Zusak é australiano, e conseguiu com uma habilidade impar construir um libelo contra a tirania e o medo, usando para isso a linguagem, o amor aos livros e a palavra como sua principal arma.

( release da editora)
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é à nossa narradora. Um dia, todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
MENINA QUE ROUBAVA LIVROS, A
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrinseca
ISBN : 8598078174
ISBN-13: 9788598078175
Livro em português
Brochura
1ª Edição - 2007 - 500 pág.



p.s.:sem esquecer que quem me recomendou e imprestou o livro foi minha lindinha cunhada e amiga Aline .

domingo, 27 de janeiro de 2008

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si


Como nessa vida tudo que queremos realmente não vem de graça e nem cai do céu o sacrifício faz parte. Como apaixonada pela música aprender a tocar violão inclui-se em um grande sonho e quem sabe algum dia a realizar-se.
Essa é a segunda vez que tento aprender a tocar violão.A primeira vez desisti porque não via resultados e achei q realmente nunca iria aprender(ainda não aprendi ).
O violão é um instrumento bastante complicado e desestimulante para quem está aprendendo a tocar, os dedos doem muito, as notas parecem horríveis, você não sabe o que fazer com a mão direita e nem tem coordenação para fazer alguma coisa com a esquerda!
Aprender a tocar violão demora no mínimo 7 meses e você só vai achar que sabe alguma coisa, mais ou menos 1 ano depois!
Como professor tenho um excelente baixista, o melhor que conheço, e sou meio suspeita pra falar isso mas ele é bom mesmo e domina também o violão como ninguém ,queria eu com toda minha humildade aprender um terço do q ele sabe,porém como professor ele deixa a desejar não tem muita paciência e junto comigo esforça-se .Ele construiu um livrinho com as notas e tudo mais para servir como espelho para mim.Treino todos dias pelo menos uma hora e já sei o maldito DÓ RE MI FÁ SOL LÁ SI junto com as menores .Isso seria fácil se não existisse os # , Bemóis e tudo mais ...

Nome do acorde
Notas Naturais Sustenidos Bemóis
Lá A A# Ab
Si B Bb
Dó C C#
Ré D D# Db
Mi E Eb
Fá F F#
Sol G G# Gb

Além do nome do acorde são acrescentados números ou outros símbolos para indicar a estrutura do acorde. Abaixo as estruturas de cifras mais usuais:

Tríades
Cifra Descrição
G - Tríade maior (Sol, Si, Ré)
Gm - Tríade menor (Sol, Sib, Ré)
G° ou Gdim -Tríade diminuta (Sol, Sib, Ré♭)
G+ ou Gaum -Tríade aumentada (Sol, Si, Ré#)
Tétrades
Cifra Descrição
G7 -acorde com sétima ou sétima dominante(Sol, Si, Ré, Fá)
G7M ou Gmaj7 -acorde com sétima maior (Sol, Si, Ré, Fá#)
Gm7 ou G-7 -acorde menor com sétima (Sol, Sib, Ré, Fá)
Gm7(b5) -acorde menor com sétima e quinta diminuta(Sol, Sib, Ré♭, Fá)
G7° ou G7dim -acorde com sétima diminuta (Sol, Sib, Réb, Fáb)
G7(b5) -acorde com sétima e quinta diminuta (Sol, Si, Ré♭, Fá)
G7(#5) -acorde com sétima e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá)
G7M(#5) -acorde com sétima maior e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá#)
Gm(7M) -acorde menor com sétima maior (Sol, Sib, Ré, Fá#)
G6 -acorde de sexta (Sol, Si, Mi, Fá)
Gm6 -acorde menor com sexta(Sol, Sib, Mi, Fá)

Ter paciência é a palavra chave no começo, tudo parece complicado mesmo, reproduzir um som harmonioso no violão não é uma tarefa fácil para quem nunca tocou, mas com treino e vontade pode se tornar.
A realização de transpor um som ouvido para o vilão com certeza é uma coisa muito satisfatória e valerá a pena.